Apesar dos indícios da crise econômica que já se verificam no país, os fabricantes independentes de peças para reposição de automóveis não adotaram medida de redução no quadro de funcionários, acreditando que a crise não será longa. “O consumidor ficou mais criterioso e ponderado”, explica Roberto Monteiro, diretor executivo da ANFAPE - Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças. “Por conta dos reflexos da crise financeira internacional, proprietários de veículos optaram por fazer a manutenção e reparo de veículos utilizando as peças de reposição fabricadas pelo mercado independente, que suprem a necessidade e são, na maioria das vezes, mais baratas”, pondera.
Além da disponibilidade das peças e também dos preços atrativos praticados pelas empresas do mercado de reposição independente, a queda na venda dos carros novos e, conseqüentemente o aumento da frota de automóveis mais antigos, gerou uma demanda maior pela reposição de peças nos reparos de veículos. “É o mercado independente que, com uma extensa rede de pontos de venda, viabiliza a manutenção de grande parte da frota nacional, garantindo a milhões de proprietários de veículos, inclusive antigos com mais de 20 anos, segurança e preservação do valor dos seus bens”, explica Monteiro.
Segundo a entidade, o mercado independente de autopeças gera mais de 1,5 milhão de empregos diretos e seu faturamento anual gira em torno de R$ 51 bilhões. São mais de 2 mil indústrias, 500 distribuidores, 35 mil varejistas e 120 mil oficinas. E fabrica 200 mil itens para 400 modelos de veículos de todos os tipos, sejam ônibus, caminhões, automóveis ou motocicletas.